O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou nesta quinta-feira (27) que, se a renegociação do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) com o Canadá e o México não resultar em um "acordo justo", deixará o acordo. A Casa Branca anunciou na quarta-feira (26) que Trump "aceitou não deixar o Nafta neste momento", depois de conversar por telefone com o presidente do México, Enrique Peña Nieto, e com o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau.
"Os líderes concordaram em proceder rapidamente (...) para permitir a renegociação do acordo Nafta", indicou a Casa Branca em um comunicado.
Leia Também
- Os 100 primeiros dias de Trump: a descoberta caótica do poder
- Trump trava a difícil batalha do corte de impostos
- Trump denuncia genocídio armênio como grande 'atrocidade'
- Trump recua na exigência para incluir muro no Orçamento
- Trump avisa Conselho sobre mais sanções contra Coreia do Norte
- Trump: é preciso aprender lições do Holocausto
- Donald Trump e presidente chinês fecham acordo contra Coreia do Norte
Trump escreveu nesta quinta-feira (27) no Twitter que recebeu "um telefonema do presidente do México e do primeiro-ministro do Canadá pedindo para renegociar o Nafta, em vez de acabar com ele". "Concordei com o fato de que, se não chegarmos a um acordo justo para todos, então vamos acabar com o Nafta. As relações são boas, um acordo é muito provável", acrescentou.
Durante sua campanha presidencial, Trump prometeu encerrar o Nafta por considerar "o pior acordo comercial já assinado", chamando-o de um "desastre" que fez com que milhões de empregos no setor manufatureiro americano fossem transferidos principalmente para o México.
O Nafta, que foi criado em 1º de janeiro de 1994, durante a administração democrata de Bill Clinton, eliminou as tarifas e permite o livre fluxo de mercadorias entre os três países. Os Estados Unidos registraram em 2016 um déficit comercial de produtos e serviços de 62 bilhões de dólares com o México, mas tiveram um superávit de 8 bilhões com o Canadá.