O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, exigiu nesta quinta-feira (4) que o governo venezuelano deixe-o visitar o líder da oposição Leopoldo López, após uma onda de rumores sobre sua suposta morte na prisão.
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"Exijo visitar @leopoldolopez amparado pelos compromissos que a #Venezuela assumiu com o Sistema Interamericano de Direitos Humanos", expressou Almagro no Twitter.
Circularam nas redes sociais na quarta-feira à noite uma enxurrada de mensagens sobre a suposta transferência de López "sem sinais vitais" para um hospital da prisão militar de Ramo Verde (perto de Caracas), onde cumpre desde 2014 uma sentença de 14 anos.
Vídeo como prova de vida
Mais tarde, o deputado e vice-presidente do partido no poder PSUV, Diosdado Cabello, transmitiu na televisão um vídeo como prova de vida do líder da oposição, gravado com seu celular.
"Disseram-me que esta é uma mensagem de prova de vida para a minha família. Hoje é 03 de maio, são nove horas da noite", diz López no vídeo.
Mas sua esposa, Lilian Tintori, denunciou nesta quinta-feira que o vídeo "é falso".
"O vídeo da ditadura é FALSO. A única prova de vida que vamos aceitar é ver Leopoldo", escreveu no Twitter.
É bastante improvável que o governo venezuelano permita a visita de Almagro, a quem chama de "triste malfeitor".
Caracas acusa Almagro de promover uma "intervenção internacional" e notificou sua decisão de retirar-se do organismo continental após vários apelos.