O secretário americano da Defesa, Jim Mattis, disse nesta quinta-feira (11) que "não há dúvida" de que Turquia e Estados Unidos resolverão as diferenças sobre a decisão americana de armar combatentes curdos na Síria.
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"Não tenho dúvidas de que Turquia e Estados Unidos trabalharão nisso, com as devidas considerações, com uma atenção significativa à segurança da Turquia, à segurança da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] e a campanha em curso contra o EI [Estado Islâmico]", disse Mattis.
As declarações foram dadas a jornalistas que o acompanham no avião presidencial, depois de uma reunião de cerca de 30 minutos em Londres com o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim.
Anunciada na terça, a decisão levou a declarações públicas de ira da Turquia, que diz que os combatentes curdos YPG - que contam com o apoio dos Estados Unidos e lutam contra o EI na Síria - são ligados ao grupo separatista curdo Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK).
Essa foi a conversa, cara a cara, entre funcionários do alto escalão de ambos os países desde o anúncio dos EUA de fornecer armas aos curdos.
"Estamos 100% de acordo com a preocupação da Turquia com o PKK, um grupo terrorista. Está organizando uma insurgência ativa na Turquia, orquestrou o assassinato de civis inocentes e soldados turcos. Apoiamos a Turquia em sua luta contra o PKK como um companheiro membro da Otan, assim como todos os países da Otan se mantêm junto à Turquia contra o PKK ", disse Mattis.
"Nunca damos armas ao PKK. Nunca fizemos isso e nunca faremos", frisou.
Soldados curdos
Apoiados por ataques aéreos e por treinamento da coalizão liderada pelos Estados Unidos, os combatentes curdos (YPG) realizaram grande parte da guerra terrestre contra o EI na Síria e recuperaram uma série de povoados e cidades no norte do país.