Investigação

Uber: juiz dos EUA ordena engenheiro a devolver documentos do Alphabet

Em fevereiro, a Waymo, conhecida como a empresa de veículos autônomos da Google, denunciou que seu ex-executivo Anthony Levandowski levou uma grande quantidade de documentos técnicos ao sair da empresa para fundar a adversária Otto, que posteriormente vendeu para a Uber

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Publicado em 15/05/2017 às 18:10
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Em fevereiro, a Waymo, conhecida como a empresa de veículos autônomos da Google, denunciou que seu ex-executivo Anthony Levandowski levou uma grande quantidade de documentos técnicos ao sair da empresa para fundar a adversária Otto, que posteriormente vendeu para a Uber - FOTO: Foto: Arnaldo Carvalho/ JC Imagem
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Um juiz americano ordenou um engenheiro da Uber a devolver milhares de arquivos que levou ao deixar a empresa de carros autônomos Waymo, do grupo Alphabet (Google). Uma sentença parcial do juiz William Alsup, cujo texto foi divulgado nesta segunda-feira (15), não atendeu ao pedido do Alphabet de ordenar o fechamento da Uber, líder mundial em transporte compartilhado.

Em fevereiro, a Waymo, conhecida como a empresa de veículos autônomos da Google, denunciou que seu ex-executivo Anthony Levandowski levou uma grande quantidade de documentos técnicos ao sair da empresa para fundar a adversária Otto, que posteriormente vendeu para a Uber. "A Waymo apresentou provas de que Levandowski furtou mais de 14 mil documentos da Waymo e que a Uber sabia ou deveria saber disso quando o contratou", disse Alsup em sua sentença.

O juiz ordenou que a Uber faça todo o possível para evitar o uso da informação roubada da Waymo e para que devolva esses documentos ainda este mês. A ordem inclui também a proibição de Levandowski de se envolver de alguma forma com a LiDAR, uma tecnologia de percepção de objetos que permite que os veículos autônomos "vejam".

Revisão

Na semana passada, o juiz pediu que revisassem a acusação de roubo de tecnologia e passou o caso para o Departamento de Justiça "para uma investigação de possível roubo de segredos comerciais". Alsup disse então que fez a recomendação às evidências registradas, mas "sem tomar partido sobre se é necessário um processo" judicial.

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