O Irã condenou nesta quinta-feira (18) as novas sanções dos Estados Unidos por seu programa de mísseis balísticos, ao afirmar que prejudicariam os resultados positivos do acordo nuclear com as potências mundiais.
"O Irã condena a má vontade da administração americana para reduzir os resultados positivos da aplicação do acordo sobre o programa nuclear, ao adicionar novas sanções ilegais e extraterritoriais", escreveu o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Bahram Ghasemi, em sua conta no aplicativo de mensagens Telegram.
Washington decidiu renovar a suspensão das sanções ao Irã, fruto do acordo histórico sobre seu programa nuclear assinado por Barack Obama com Teerã em 2015, e que Donald Trump havia prometido destruir. Mas ao mesmo tempo o Departamento do Tesouro americano adotou novas sanções contra funcionários da Defesa do Irã vinculados ao programa de mísseis de Teerã.
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De acordo com o Departamento de Estado americano, o "Irã continua buscando tecnologias de mísseis capazes de transportar uma arma nuclear" e os "Estados Unidos não aceitarão jamais que o regime iraniano se dote de uma arma" atômica.
O Irã nega estar desenvolvendo armas nucleares e Ghasemi destacou que o programa balístico da República Islâmica é parte do "direito que todo país tem de desenvolver suas capacidades de defesa". "A República Islâmica do Irã continuará seu programa balístico", completou.