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'Tivemos sorte', dizem fãs de Ariana Grande que não se feriram no show

O show de Ariana Grande ocorria na Manchester Arena, nesta segunda (22). No fim da apresentação, duas explosões assustaram o público

AFP
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Publicado em 22/05/2017 às 21:44
Foto: Paul Ellis/AFP
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"Eu e minha irmã, junto a muitos outros, estávamos vendo Arianda Grande se apresentar no Manchester Arena, e estávamos saindo do pavilhão por volta das 10H40-10h45 da noite, quando se ouviu uma grande explosão e todos tentamos fugir do pavilhão", relatou o espectador Majid Khan, de 22 anos. "Todo mundo no lado do pavilhão onde se ouviu a explosão veio de repente correndo para nós", acrescentou. Outra espectadora, Isabel Hodgins, disse à Sky News que "cheirava a queimado, tinha muita fumaça quando saímos". "Estamos apavoradas, tivemos sorte de sair sãs e salvas", acrescentou.

Ao menos 22 pessoas morreram e 59 ficaram feridas na noite desta segunda-feira (22), em um atentando em um show da cantora americana Ariana Grande na cidade britânica de Manchester, informou a Polícia. "Até agora foram confirmados 19 mortos e 50 feridos", anunciou a Polícia de Manchester em um comunicado, informando que consideravam o ato "um atentado terrorista até que se prove o contrário". Uma equipe de especialistas em explosivos examinava o local.

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Jade Baynes, de 18 anos, contou que a Polícia mandou que saísse correndo do local. "Houve um forte estrondo e uma centelha, e todo mundo saiu correndo". "Ariana Grande acaba de se retirar por trás da cortina e haviam ligado as luzes quando houve essa grande explosão e uma nuvem de fumaça. Vi cinco pessoas ensanguentadas", disse ao jornal The Guardian um jovem de Sheffield (norte da Inglaterra).

A empresa ferroviária National Rail anunciou em um comunicado que "os serviços de emergência se ocupam de um incidente no Manchester Arena. Como a Manchester Victoria está perto do pavilhão, a estação foi evacuada e todas as linhas, fechadas".

Explosão após o fim do show

A polícia recebeu o aviso de uma explosão na Manchester Arena, com capacidade para 21 mil pessoas, às 22H35 (18H35 Brasília). A cantora americana têm grande apelo junto aos adolescentes e o público que assistiu ao show, a julgar pelos primeiros testemunhos, não passava, na maioria dos 20 anos. "É tão triste, estava cheio de moças lindas", contou à Sky News Jenny Brewster, que acompanhou a filha em seu primeiro show.

Pouco antes das 23h00 locais (19H00 de Brasília), começaram a circular nas redes sociais notícias de duas explosões no pavilhão britânico, ao final do concerto, enquanto algumas testemunhas também falaram de disparos. Um porta-voz da cantora contou à BBC que ela estava bem.

Na falta de uma reação imediata da primeira-ministra britânica, Theresa May, o líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, lamentou "o terrível incidente de Manchester". "Meus pensamentos estão com todos os afetados e com nossos eficientes serviços de emergência", escreveu Corbyn no Twitter.

Imagens da TV mostraram a polícia e os serviços de emergência chegando em grande número no pavilhão, enquanto o serviço ferroviário na vizinha estação Manchester Victoria foi paralisado e os passageiros, evacuados.

Alerta

O grau de ameaça de atentados no Reino Unido é "severo", o segundo mais elevado das autoridades, e significa que é altamente provável a ocorrência de atentados. O primeiro grau é "crítico", que se ativa em caso de ameaça iminente.

O ataque precedente no Reino Unido ocorreu em março, quando um homem lançou seu carro na direção de pedestres que passeavam perto do Parlamento, antes de matar um policial que vigiava o edifício, deixando no total seis mortos. O agressor acabou sendo executado.

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