O presidente americano, Donald Trump, prometeu nesta quarta-feira (24) ao papa Francisco, durante uma reunião privada no Vaticano, doar 300 milhões de dólares para lutar contra a fome que atinge quatro países da África.
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"O presidente reiterou diante do pontífice o compromisso dos Estados Unidos na luta contra a fome", informou em um comunicado a assessoria de imprensa da Casa Branca.
"Como informei ao Vaticano, os Estados Unidos se orgulham de anunciar um aumento do orçamento de mais de 300 milhões de dólares para lutar contra a fome, especialmente no Iêmen, no Sudão, na Somália e na Nigéria", diz a nota, sem especificar se trata-se do Sudão do Sul, país que conquistou a independência em 2011 e é o mais atingido por uma guerra civil que já deixou dezenas de mortos.
Em várias ocasiões o pontífice argentino pediu ajuda urgente para esses países africanos, que atravessam uma grave crise humanitária e alimentar.
Segundo o Programa Mundial de Alimentos (PMA), cuja sede fica em Roma, mais de 20 milhões de pessoas que vivem em zonas afetadas pela seca na Nigéria, no Sudão do Sul, na Somália e no Iêmen estão passando fome ou correm o risco de morrer de fome, no que se considera "a pior crise registrada em 50 anos".
Na Nigéria, o PMA enviou ajuda a 1,2 milhão de pessoas, mas precisa de fundos para enfrentar a emergência.
Outras 600.000 pessoas estão ameaçadas perto da fronteira com Níger e Chade devido ao conflito em curso.
Para distanciar o fantasma da fome na Nigéria, o PMA precisa de 230 milhões de dólares nos próximos meses.
Em Genebra, as Nações Unidas anunciaram há 10 dias que é necessário um fundo de 1,4 bilhão de dólares neste ano para ajudar quase dois milhões de refugiados que fugiram da guerra e para lutar contra a fome no Sudão do Sul.