A unidade de elite contra o terrorismo da Indonésia investigava nesta quinta-feira (25) dois atentados suicidas cometidos próximo a um terminal de ônibus lotado em Jacarta, nos quais morreram dois policiais, enquanto o país enfrenta o aumento do extremismo.
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Os dois suicidas detonaram suas bombas na rua na quarta-feira à noite, em frente ao terminal de Kampung Melayu, situado em um bairro operário da capital.
As explosões criaram pânico e as pessoas fugiram do local enquanto enormes nuvens de fumaça apareciam. Partes dos corpos ficaram espalhadas pelo chão, que estava repleto de cacos de vidro.
Os dois autores do atentado também morreram. Cinco policiais e cinco civis ficaram feridos nos ataques.
Os investigadores acreditam que o alvo era a polícia, já que no momento havia oficiais garantindo a segurança de uma manifestação próxima.
O terminal de ônibus e de micro-ônibus é um local muito frequentado pelos indonésios, mas não pelos estrangeiros.
Alvo dos extremistas
As forças de segurança são, há alguns anos, o principal alvo dos extremistas do país.
O presidente, Joko Widodo, anunciou nesta quinta-feira em declarações televisionadas ter ordenado o início de uma investigação exaustiva, pedindo a "todos os cidadãos em todo o país a manter a calma e permanecer unidos".
"Transmito minhas mais sinceras condolências às vítimas e as suas famílias, em particular aos policiais que faleceram cumprindo com o seu dever", acrescentou.
As autoridades não indicaram quem poderia ser o responsável por estes atentados. Mas a Indonésia, país muçulmano de maior população do mundo, está em estado de alerta elevado depois de uma série de ataques realizados por islamitas inspirados pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).