Mais de 750 pessoas foram afetadas por uma intoxicação alimentar em massa em um campo de deslocados a leste de Mossul, anunciaram nesta terça-feira (13) as autoridades iraquianas, indicando que nenhuma morte foi assinalada ao contrário do que foi afirmado inicialmente.
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O porta-voz do ministério da Saúde, Seif al-Badr, havia informado em um primeiro momento sobre 752 casos de intoxicação alimentar e duas mortes - uma mulher e uma criança - na segunda-feira após a refeição de quebra do jejum do Ramadã.
Vários responsáveis do setor da saúde do governo de Nínive, cuja capital é Mossul, confirmaram esse balanço.
Uma centena de pessoas intoxicadas precisaram de cuidados urgentes, indicou o porta-voz, que anunciou a abertura de uma investigação para esclarecer o caso.
No início da noite, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) assegurou que as informações sobre as mortes "estavam incorretas". "Não houve morte relacionada a esta intoxicação", afirmou em um comunicado.
De acordo com um porta-voz da Organização Internacional para as Migrações (OIM), Joel Millman, os refugiados foram intoxicados durante a ceia com a qual quebram o jejum, o "iftar". Esta refeição foi preparada por um restaurante local, a pedido de uma ONG do Catar, explicou.
"Essa empresa terceirizada levou a comida para o campo" três horas e meia antes de ser servida, acrescentou.
Mais de 800.000 pessoas tiveram que fugir de suas casas em Mossul desde que as forças iraquianas, apoiadas pela coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, iniciaram uma ofensiva para expulsar o grupo extremista Estado Islâmico (EI) da cidade.
Muitos dos habitantes que fugiram se estabeleceram nos campos ao redor da cidade.