Após um incêndio de grandes proporções que deixou seis mortos e 50 feridos em Londres na noite desta terça-feira (13), a cidade resiste, apesar da tragédia. De acordo com a pernambucana Manoella Valadares, que mora na capital inglesa há três anos, os londrinos vem seguindo em frente após o incêndio e a onda de insegurança que vem tomando conta da cidade e do país. O caso da última noite, que não tem relação com os recentes atentados, ainda não teve a origem descoberta, de acordo com as autoridades.
Em maio de 2016, a fachada do edifício foi modernizada com um revestimento. A administração do local realizou uma ampla reforma, que incluiu um novo sistema de calefação e de água quente.
De acordo com documentos divulgados na internet, alguns moradores reclamaram em várias ocasiões nos últimos anos do estado do edifício e dos possíveis riscos de incêndio.
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Na cidade, no entanto, a tragédia não mudou a rotina da população, que ainda guarda traumas das tragédias recentes. "Duas linhas do metrô foram suspensas. Mas a cidade não para. De manhã saí para trabalhar e não notei nada de diferente, mas a gente sabe que o perigo existe", contou.
Manoella teve o bairro onde mora, localizado a cerca de 9 km do prédio incendiado, isolado no último sábado (10). Na ocasião, três pessoas foram presas em um shopping e o trânsito foi fechado.
"Londres é acostumada aos atentados. Entre amigos a gente divide o medo, mas a vida continua", explicou a jornalista. Ela ainda afirmou que o incêndio é 'ainda mais triste porque a cidade estava se curando das feridas dos ataques de Westminster e Borough Market".
Atentados recentes geram medo entre ingleses
No final de março, a área de Westminster foi alvo de um homem que avançou com um carro e atropelou vários pedestres deixando três mortos e 40 feridos na calçada da ponte de Westminster, diante do Big Ben. O agressor ainda esfaqueou um policial que impediu sua entrada na sede do Parlamento.
No último dia 3, sete pessoas foram mortas quando um carro atropelou transeuntes na famosa London Bridge. Em seguida, os agressores esfaquearam clientes e funcionários dos bares e restaurantes do bairro de Borough Market.
Entre os dois ataques, a cidade de Manchester, outra metrópole inglesa, foi atingida. No show da cantora pop Ariana Grande, na noite de 22 de maio, 59 ficaram feridos e 22 morreram após uma explosão na Manchester Arena, local da apresentação.