A primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou nesta sexta-feira (16) que destinará mais 5 milhões de libras (cerca de 5,7 milhões de euros) para prestar assistência emergencial às vítimas do incêndio de quarta-feira (14) em um edifício de 24 andares de Londres. As informações são da agência EFE.
A líder conservadora anunciou a decisão depois de visitar nesta sexta alguns dos feridos, após ser criticada por não ter se reunido com as vítimas ontem.
Em comunicado, May explica que essa quantidade é para “oferecer apoio imediato às vítimas para cuidar de si mesmas e de seus entes queridos” e se compromete a analisar “o que mais faz falta”.
“Todos os afetados por esta tragédia devem saber que o governo está aqui para dar assistência neste terrível momento, e isso é o que vou fazer”, afirma na nota a chefe de Governo, que previamente visitou alguns dos atingidos pela tragédia abrigados em uma igreja local.
A rainha Elizabeth II e seu neto e segundo na linha de sucessão, o príncipe William, também foram nesta sexta ao local do fato, no oeste da capital, onde conversaram com residentes e voluntários que atendem os afetados.
Ao visitar a igreja de Saint Clement, perto torre Grenfell, May foi recebida com gritos de protesto da multidão, que a chamou de “covarde” por ter evitado os moradores no dia anterior, quando só se encontrou com os serviços de emergência.
A polícia conteve os moradores reunidos fora do templo, com cartazes que pediam a renúncia da primeira-ministra conservadora.
Leia Também
- Theresa May tenta estabelecer aliança com partido norte-irlandês
- Theresa May define seu futuro diante dos deputados de seu partido
- Theresa May, 'cadáver ambulante', segue em busca de maioria
- Theresa May ainda negocia acordo com partido Unionista Democrático
- Com uma Theresa May enfraquecida, o Brexit mudará de rumo?
Manifestação
Dezenas de pessoas se manifestam nesta sexta diante da Câmara municipal de Kensington e Chelsea, encarregada da manutenção do edifício atingido pelo incêndio que deixou pelo menos 30 mortos.
Os manifestantes pedem respostas à Câmara de maioria conservadora, que é acusada de ter ignorado durante anos as queixas sobre medidas insuficientes contra incêndios do edifício de 120 apartamentos e também de não atender adequadamente aos sobreviventes.
Construído em 1974, a fachada do bloco, com 120 apartamentos e no qual viviam entre 400 e 600 pessoas, foi reformada em 2016 com um revestimento exterior que, segundo o jornal The Guardian, era a opção mais barata e “inflamável”.
May determinou uma investigação judicial para determinar as causas do incêndio e possíveis responsabilidades, enquanto a polícia advertiu que pode haver dezenas de vítimas a mais, muitas das quais não poderão sequer ser identificadas.
Responsável pelo edifício, a Câmara municipal do distrito de Kensington e Chelsea terceirizava a manutenção e gestão dos edifícios a administradores prediais, e neste caso a responsável pela mesma era a Organização de Gestão de Residentes de Kensington e Chelsea.