O presidente francês, Emmanuel Macron, convocou líderes do Islã na França a combater "pregadores de ódio" e a "anulação identitária", nesta terça-feira.
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Macron acompanhou o fim do jejum do ramadã ao lado de representantes da comunica de muçulmana, em evento organizado pelo Conselho Francês do Culto Muçulmano (CFCM).
O mandatário agradeceu aos responsáveis muçulmanos por terem condenado os atentados que deixaram 239 mortos na França em 2015. "O CFCM nunca falhou: sempre soube dizer as palavras certas, sem negar" a realidade, disse Macron.
Contudo, completou o presidente, o governo francês e as autoridades muçulmanas "têm batalhas em comum para lutar".
"Nossa luta obstinada contra o Estado Islâmico (EI) deve cercar com determinação aqueles que querem transformar seus locais de culto em lugares de discurso de ódio ou até mesmo incitação à violência", disse o presidente.
"Seu papel também é combater em cada palmo no terreno teológico e religioso, desmascarar sempre que for necessário a usurpação dos seus valores, a captação da história da sua religião, a negação dos 15 séculos de trabalho de interpretação realizados por nossos cientistas", afirmou.
"É preciso seguir com essa luta do pensamento e da fé, especialmente diante das gerações mais jovens", opinou.
Emmanuel Macron ainda convocou uma "segunda batalha", contra "uma prática do islã que organiza a segregação no seio da república: é preciso estar atentos contra tudo que conduz a formas de anulação identitária".
A "terceira batalha", pontuou Macron, é a formação dos ímãs, autoridades religiosas do islã, que devem ser formados "em território francês e de forma adequada aos valores da república".