A Arábia Saudita e os seus aliados fizeram uma lista de demandas para apresentar ao Catar, anunciou nesta quarta-feira (21) em Washington, enquanto o presidente Donald Trump abordava o tema com o novo príncipe herdeiro saudita.
A decisão foi tomada depois que os Estados Unidos aumentaram os esforços para resolver o perigoso conflito surgido entre o Catar - sede da maior base aérea americana no Oriente Médio - e os seus aliados, liderados por Riad.
"Esperamos que a lista de demandas seja apresentada logo ao Catar e que seja razoável e aplicável", disse o secretário de Estado americano, Rex Tillerson.
"Apoiamos a mediação do Kuwait e desejamos que este assunto se encaminhe para uma resolução", acrescentou o chefe da diplomacia americana, encarregado por Trump para acompanhar e ajudar a acabar com a crise entre os aliados-chave de Washington.
A Arábia Saudita e os seus aliados romperam suas relações com Doha em 5 de junho, acusando o Catar de "apoiar organizações extremistas" e de se aproximar do Irã, grande rival das monarquias petroleiras sunitas da região, afirmação negada pelo emirado.
No início da crise, Trump pareceu apoiar o isolamento contra o Catar, acusando-o de financiar "o terrorismo de muito alto nível".
No entanto, o Departamento de Estado e o Pentágono se esforçaram para pedir calma e um diálogo.
A porta-voz de Tillerson, Heather Nauert, pediu às partes que resolvessem as suas diferenças.
"Agora que passaram mais de duas semanas desde o começo do embargo, estamos desconcertados porque os Estados do Golfo não revelaram aos catarianos e à opinião pública os detalhes das reivindicações que estão fazendo ao Catar", disse.
"Quanto mais o tempo passa, mais dúvidas surgem sobre as medidas adotadas pela Arábia Saudita e pelos Emirados Árabes Unidos", acrescentou, em um golpe significativo a dois dos aliados mais próximos de Washington.
Nesta quarta-feira, Trump falou com o nomeado príncipe herdeiro da Arábia Saudita a respeito do conflito com o Catar, em uma ligação na qual parabenizou o novo herdeiro.
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