O papa Francisco proclamará nesta quarta-feira (28) no Vaticano cinco novos cardeais, entre o bispo auxiliar salvadorenho Gregorio Rosa Chávez, defensor dos pobres e da paz, num gesto inédito na história da Igreja católica.
A decisão do papa de conceder o título cardinalício a Rosa Chávez, bispo auxiliar que depende de seu arcebispo, segundo a hierarquia, é uma mensagem a todos os católicos sobre o tipo de Igreja que Francisco promove.
"Ao nomear cardeal o monsenhor Rosa Chávez, bispo identificado com os pobres, o papa marca novos tempos para a Igreja", considera Edín Martínez, da fundação salvadorenha dedicada a Óscar Arnulfo Romero, o monsenhor assassinado em 1980 quando oficiava uma missa e beatificado em 2015 por sua defesa dos pobres.
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Gregorio Rosa Chávez é um seguidor de Romero e durante anos brigou para o que o arcebispo de San Salvador fosse beatificado.
"O papa sonha com uma Igreja pobre para os pobres, e esse era o sono de Romero, os dois têm muitas semelhanças", reconheceu recentemente o futuro purpurado.
Rosa Chávez, de 74 anos, bispo auxiliar de San Salvador desde fevereiro de 1982, contribuiu para o diálogo e às negociações de paz em seu país durante a guerra civil (1980-1992).