CRISE DIPLOMÁTICA

Catar rejeita implicitamente as exigências de seus vizinhos do Golfo

Lista de exigências pede entre outras coisas o fechamento do canal de televisão Al Jazeera e a redução das relações com Teerã

AFP
Cadastrado por
AFP
Publicado em 03/07/2017 às 5:24
Foto: BRENDAN SMIALOWSKI / AFP
Lista de exigências pede entre outras coisas o fechamento do canal de televisão Al Jazeera e a redução das relações com Teerã - FOTO: Foto: BRENDAN SMIALOWSKI / AFP
Leitura:

O Catar, isolado por seu suposto apoio ao "terrorismo" e sua aproximação do Irã, grande rival na região da Arábia Saudita, rejeitou de forma implícita uma lista de exigências de seus adversários árabes, ao considerar que vão contra sua soberania nacional.

Essa lista, que pede entre outras coisas o fechamento do canal de televisão Al Jazeera, a redução das relações com Teerã e o fechamento de uma base militar turca, foi enviada em 22 de junho a Doha, que tinha um prazo de 10 dias, até domingo à noite, para dar uma resposta. 

A Arábia Saudita e seus aliados anunciaram na madrugada de segunda-feira que a pedido da mediação kuwaitiana na crise do Golfo decidiram prorrogar por 48 horas o ultimato estabelecido para que o Catar responda à lista de 13 solicitações.

Segundo um comunicado comum publicado pela agência oficial saudita Spa, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito aceitaram estender o ultimato depois de que o Catar anunciou que entregará sua resposta na segunda-feira ao emir do Kuwait. 

"A lista de pedidos foi feita para ser rejeitada", declarou o ministro de Exteriores do Catar, Mohamed ben Abderrahman al Thani, no sábado em Roma. 

Crise diplomática

Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos e Egito romperam em 5 de junho suas relações diplomáticas com o Catar, acusando o país de apoiar "o terrorismo" e de se aproximar do Irã, rival de Riade. 

Doha nega essas acusações e afirma que ninguém tem direito a ditar sua política exterior. 

"Todo mundo é consciente de que esses pedidos aspiram a usurpar a soberania do Estado do Catar", afirmou Al Thani na capital italiana. 

Últimas notícias