Os Estados Unidos iniciaram nesta quarta-feira (19) a primeira negociação comercial com a China desde o início da presidência de Donald Trump, reclamando um intercâmbio "equitativo" e com mais acesso de seus bens e serviços ao gigante mercado asiático.
O secretário de Comércio, Wilbur Ross, pediu mudanças no comércio bilateral, após destacar que as exportações chinesas aos Estados Unidos aumentaram mais de 200% nos últimos 15 anos, criando um déficit comercial de 309 bilhões de dólares em 2016.
"Nós poderíamos entender se fosse só resultado natural das forças do livre-mercado, mas não é isso", afirmou Ross ao abrir o dia de discussões entre as duas maiores economias do mundo.
"Então já está na hora de reequilibrar nossas relações de comércio e investimentos, de forma mais justa, equitativa e recíproca", completou.
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Mercado Chinês
O secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, disse que as negociações com a delegação encabeçada pelo vice-primeiro-ministro Wang Chang apontam para passos concretos para ampliar o acesso das empresas americanas ao mercado chinês.
"Precisamos trabalhar juntos para maximizar os benefícios às duas partes. Mas isso só é possível se houver uma relação mais justa e equilibrada entre Estados Unidos e China", garantiu Mnuchin.
"Isso significa resolver os desequilíbrios provocados pela intervenção chinesa na economia", disse, completando: "Uma relação mais equilibrada vai gerar prosperidade para os dois países e para o mundo".