A decisão do governo israelense de manter detectores de metais nas entradas de acesso à Esplanada das Mesquitas, apesar das recomendações de suas próprias forças de segurança, resultou nesta sexta-feira (21) em enfrentamentos em diferentes pontos de Jerusalém Oriental e da Cisjordânia ocupada, incluindo as localidades de Qalandia, Hebrón, Belém e Tulkarem.
Três palestinos morreram e 400 ficaram feridos em choques com a polícia israelense nos protestos contra as medidas de controle israelense no entorno da Mesquita de Al-Aqsa.
Leia Também
A Esplanada das Mesquitas ou Monte do Templo, na cidade velha de Jerusalém, é um lugar considerado sagrado tanto para judeus, como para os muçulmanos e cristãos. As restrições de acesso ao local aconteceram depois que três árabes-israelenses assassinaram dois policiais israelenses e foram abatidos pelas forças de segurança de Israel no último dia 14 de julho.
Nesta sexta-feira o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, solicitou ao conselheiro para o Oriente Médio dos Estados Unidos, Jared Kushner, que peça a Israel para retirar os detectores de metal instalados nas imediações da Esplanada das Mesquitas, informou o portal de notícias israelense "Ynet".
Em conversa telefônica com Kushner (que é genro do presidente americano, Donald Trump), Abbas
explicou a gravidade da crise e solicitou o compromisso dos EUA para fazer com que Israel se retire da zona, caso contrário, advertiu, a situação poderia ficar fora de controle.
Geografia
Os palestinos consideram que o reforço das medidas de segurança representa uma tentativa dos israelenses de se apropriar do local, situado na parte oriental de Jerusalém (ocupada por Israel na Guerra dos Seis Dias de 1967) e considerado o terceiro mais sagrado do islã e o mais sagrado para o judaísmo.