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Conheça as 5 figuras-chave de Maduro para Constituinte venezuelana

A eleição não terá a participação da oposição que define o processo como fraudulento

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Publicado em 25/07/2017 às 16:10
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Cinco pesos pesados do governo de Nicolás Maduro comandarão a redação da Constituição da Venezuela, entre os 545 membros da assembleia que serão eleitos no domingo (30), sem a participação da oposição, que define o processo como "fraudulento".

Estes são alguns dos principais candidatos constituintes:

Diosdado, o terror

Vice-presidente do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), de 54 anos, Diosdado Cabello presidiu a Assembleia Nacional e atualmente é deputado no Parlamento de maioria opositora.

Geralmente se vale do sarcasmo para desqualificar os dirigentes opositores. Ele se refere à coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD) como "O charco".

Em uma recente eleição, o ex-vice-presidente Aristóbulo Istúriz o apresentou como "o terror dos esquálidos" (opositores).

Como tenente, participou na tentativa de golpe de 1992 contra o presidente Carlos Andrés Pérez, liderada por Hugo Chávez.

Foi vice-presidente e assumiu como chefe de Estado durante algumas horas durante o golpe de abril de 2002 contra Chávez.

Também foi governador do Estado de Miranda, ministro da Justiça e da Infraestrutura, e diretor da Comissão de Telecomunicações que fechou 32 emissoras de rádio em 2009. 

Cilia, a primeira combatente

Cilia Flores, "A primeira combatente", como Maduro chama sua esposa, é uma advogada de 60 anos e atualmente deputada. Foi uma das defensoras de Chávez quando ele foi preso após a tentativa de golpe de 1992. 

Durante o governo de Chávez (1999-2013), ocupou altos postos no partido oficial e no Estado, incluindo os de presidente do Parlamento e Procuradora.

Foi atingida, em novembro de 2015, pelo escândalo que resultou na prisão de dois sobrinhos seus pela agência americana DEA no Haiti. A justiça dos Estados Unidos os declarou culpados por tentar traficar cocaína para esse país.

Ela se casou com Maduro em julho de 2013. O presidente a chama com frequência de "Cilita, a bonita" nos atos públicos e em seus discursos televisivos.

Delcy, ex-chanceler beligerante

Advogada de 48 anos, Delcy Rodríguez foi chanceler de Maduro desde dezembro de 2014 até junho passado, em uma época marcada por fortes tensões com os Estados Unidos, vários governos da América Latina, Espanha e foros como a Organização Estados Americanos (OEA).

Sob sua chefia diplomática, a Venezuela decidiu, em abril passado retirar-se da OEA, e ela não poupou o secretário-geral Luis Almagro de uma nutrida série de insultos. 

Foi dirigente estundantil, ministra da presidência durante o governo Chávez e ministra da Comunicação (2013-2014).

É filha de um dirigente comunista assassinado em 1976 e irmã de Jorge Rodríguez, poderoso dirigente governista e prefeito do município de Libertador, em Caracas.

Adán Chávez, o irmão

Irmão mais velho do falecido presidente Chávez, Adán Chávez, de 64 anos, foi ministro da Cultura e da Educação e governador do estado de Barinas (sudoeste), berço da família, e embaixador da Venezuela em Cuba.

Físico e professor de matemática, muito parecido com seu irmão, se relacionou na juventude com movimentos revolucionários e de esquerda. É um dos fundadores do PSUV.

No final de 2016, deputados opositores o acusaram de conduzir um governo pouco transparente em Barinas. Um tribunal desse estado proibiu a publicação nos meios de comunicação de denúncias sobre as acusações de corrupção contra ele.

Carreño, o deputado incendiário

Político, militar e advogado de 56 anos, Pedro Carreño foi ministro do Interior (2007-2008) durante o governo Chávez e, desde 2000, é deputado, inclusive como chefe de bancada.

No Parlamento protagonizou inúmeras e acaloradas discussões com a oposição. Adepto dos insultos, chamou o opositor Henrique Capriles de "bichinha e homossexual".

Artífice dos muitos recursos legais impostos pelo governo contra a oposição, recentemente abriu um processo contra a Procuradora-Geral, Luisa Ortega, chavista dissidente, a quem chama de "louca" e "bipolar".

Foi assinalado em vários casos de corrupção. Em 2007, quando declarava aos jornalistas sobre os males do capitalismo, um dos profissionais da imprensa indagou se não sera contraditório o fato de que ele estava usando uma gravata Louis Vuitton. Aborrecido, por por terminada a coletiva.

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