A União Europeia expressou nesta segunda-feira (31) sua "preocupação com o destino da democracia na Venezuela", um dia depois da polêmica eleição de uma Assembleia Constituinte.
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"A Comissão tem sérias dúvidas sobre se o resultado da eleição pode ser reconhecido", declarou a porta-voz do executivo da UE, Mina Andreeva, depois que a Espanha, México, Colômbia, Brasil, Argentina e Estados Unidos, entre outros, anunciaram que não reconhecerão os resultados da votação.
Em meio a protestos e violência, Caracas anunciou que mais de oito milhões de venezuelanos elegeram no domingo os membros da Assembleia Constituinte, defendida pelo presidente Nicolás Maduro como a solução para a crise política e econômica que atingem a Venezuela.
No entanto, a oposição, que controla o Parlamento, rejeitou esta eleição "fraudulenta", com a qual, em sua opinião, o governo tenta perpetuar-se no poder.
Opositores voltarão às ruas
Os opositores voltarão às ruas nesta segunda-feira (31) para exigir a saída de Maduro. Em quatro meses, 125 pessoas morreram nos protestos.
A União Europeia também apontou a responsabilidade de Caracas para "restaurar o espírito da Constituição e a confiança perdida" com sua tentativa de "estabelecer instituições paralelas", declarou Andreeva, referindo-se à Constituinte.
"Uma Assembleia Constituinte eleita em circunstâncias duvidosas e violentas, não pode fazer parte da solução" à crise, acrescentou a porta-voz.
Neste sentido, a UE, que condenou "o excessivo e desproporcional uso da força pelas forças de segurança", reiterou seu apelo às partes para alcançar "uma solução negociada".