Chanceleres e representantes de ao menos 15 países da América avaliam nesta terça-feira (8) uma possível condenação da Venezuelana por uma "nova modalidade de golpe de Estado", depois da instalação de uma Assembleia Constituinte que agravou ainda mais a crise do país.
O encontro será realizado depois que o Mercosul suspendeu Caracas do bloco por "ruptura da ordem democrática", após a eleição da Constituinte convocada pelo presidente Nicolás Maduro.
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O presidente peruano Pedro Pablo Kuczynski, crítico de seu colega venezuelano, convocou em Lima os representantes do Brasil, Argentina, Chile, México, Uruguai, Paraguai e alguns países da América Central, além do Canadá, para tomar decisões.
Segundo fontes diplomáticas, o primeiro ponto da agenda será a condenação de "uma nova modalidade de golpe de Estado, pois foi criada uma entidade inconstitucional para suplantar as funções de um poder legitimamente eleito, somado à destituição ilegal da Procuradora-Geral".
Não reconhecida
A oposição venezuelana ignora a Constituinte, a qual considera um instrumento de Maduro para se perpetuar no poder, e nesta segunda-feira aprovou um acordo no qual desconhece as primeiras decisões dos constituintes, inclusive a destituição da procuradora-geral, Luisa Ortega.
A Constituinte de Maduro também não é reconhecida por Estados Unidos, pelos governos de vários países latino-americanos e pela União Europeia.