O governo venezuelano se encontrou nesta quarta-feira com diplomatas de 11 países para expressar sua rejeição à declaração que o condenou a Venezuela por uma "ruptura" democrática, informou o chanceler Jorge Arreaza.
"Fomos persistentes em enviar a eles o mais absoluto repúdio a essa reunião", disse o ministro em uma declaração pública após receber os delegados.
Em reuniões privadas, Arreaza protestou aos embaixadores de Chile, Guatemala, México e Panamá, e aos encarregados de negócios de Argentina, Brasil, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Paraguai e Peru.
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O representante de Honduras, cujo governo também assinou a declaração na terça-feira em Lima, não estava presente embora não tenha informado o motivo.
A nota assinada pelos chanceleres e diplomatas desses governos também não reconheceram a Assembleia Constituinte de Maduro.
O chanceler denunciou que estão sendo criados "subgrupos" dentro da Organização de Estados Americanos (OEA) para "agredir a soberania" venezuelana, diante do "fracasso" desse organismo em cumprir as pretensões dos Estados Unidos de "isolar" o país.
Delcy Rodríguez, presidente da Constituinte, participou das reuniões. Segundo Arreaza, Rodríguez pediu que esses países respeitem a vontade de oito milhões de venezuelanos, que, segundo o poder eleitoral, elegeram os constituintes no dia 30 de julho.
Celac
O chanceler reiterou a proposta de Maduro de celebrar uma cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e do Caribe (Celac) para "restituir o diálogo" regional e o "respeito à Venezuela".