Dois ataques contra o contingente da ONU no Mali deixaram nove mortos nesta segunda-feira (14), incluindo um capacete azul e um soldado malinês. O primeiro ataque aos acampamentos da missão da ONU no Mali (Minusma) no centro do país deixaram dois mortos, um soldado malinês e um capacete azul cuja nacionalidade não foi informada.
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"Supostos extremistas dispararam contra o acampamento da missão da ONU em Duentza (centro) de uma colina", declarou à AFP um responsável do local.
Segundo o delegado, os agressores foram "repelidos" e "abatidos". "Foram mortos dois dos agressores e o plano de ataque dos terroristas fracassou. Enviamos reforços para garantir a segurança da cidade", acrescentou a fonte.
O norte do Mali se encontra desde março de 2012 à mercê de grupos radicais vinculados à Al-Qaeda. Desde 2013, a ONU conta com uma missão no local, que sofre constantemente com ataques dos extremistas.
Horas depois do ataque de Duentza, os homens armados com fuzis e granadas atacaram a entrada do acampamento da ONU em Tumbuctu. No ataque morreram cinco guardas, um policial e um civil empregado na missão, cuja nacionalidade não foi especificada. "Seis agressores foram abatidos na contra-ofensiva da Minusma após o ataque", informou a ONU.
Al-Qaeda
Desde março de 2012, no norte do Mali operam grupos extremistas vinculados à Al-Qaeda. Parte deles foram expulsos por uma intervenção militar internacional lançada em 2013 por iniciativa da França.
Entretanto, existem áreas que escapam ao controle das forças malinesas, francesas e da ONU, regularmente alvo de ataques.