VENEZUELA

Constituinte venezuelana vetará candidatos envolvidos em violência

O objetivo seria não permitir que alguém ocupe um cargo e "se valendo desta posição pública afete a paz e a tranquilidade da Venezuela", assinalou redator da Constituinte

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Publicado em 16/08/2017 às 21:37
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O objetivo seria não permitir que alguém ocupe um cargo e "se valendo desta posição pública afete a paz e a tranquilidade da Venezuela", assinalou redator da Constituinte - FOTO: Foto: Agência Brasil
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A Assembleia Constituinte venezuelana anunciou nesta quarta-feira (16) que analisará as candidaturas às eleições de governadores para impedir a postulação de políticos supostamente envolvidos em atos de violência.

Delcy Rodríguez, presidente deste suprapoder que redigirá uma nova Constituição, disse que pedirá ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) que "envie a lista completa de todos os que se postularam" para as eleições de outubro.

O objetivo é que "nunca mais alguém ocupe um cargo e se valendo desta posição pública afete a paz e a tranquilidade da Venezuela", assinalou a jornalistas.

"Queremos determinar se alguns dos candidatos, independentemente de sua filiação partidária ou política, estiveram envolvidos em atos de violência", acrescentou.

A ex-chanceler fez o anúncio enquanto revelou que a Constituinte, por meio da Comissão da Verdade, abriu uma investigação contra líderes opositores, a quem acusa de promover a violência durante protestos contra o governo que deixaram 125 mortos nos últimos quatro meses.

Nesta quarta-feira, o CNE informou sobre a inscrição de 226 candidaturas para as regionais, das quais a oposição participará, apesar de denunciar que este organismo serve ao governo e que articulou uma fraude na eleição da Constituinte em 30 de julho.

As eleições de governadores estavam previstas inicialmente para dezembro, depois de um ano de atraso, e foram adiantadas para outubro por ordem da Constituinte impulsionada pelo presidente Nicolás Maduro.

Tranquilidade da sociedade

"Deve-se prevenir que se repitam os feitos de violência para preservar a tranquilidade da sociedade", afirmou Rodríguez, fazendo alusão às manifestações contra o governo nas quais os opositores denunciaram uma "repressão selvagem" das forças de segurança.

O poderoso líder chavista Diosdado Cabello, também membro da Constituinte, disse há uma semana que os candidatos a governadores precisarão de "um certificado de boa conduta" emitido por essa instância.

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