CRÍTICA

Presidente da Colômbia critica a ''ditadura'' de Maduro na Venezuela

Juan Manuel Santos pediu à comunidade internacional que pressione ''cada vez com mais força'' para restabelecer a democracia na Venezuela

AFP
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Publicado em 17/08/2017 às 7:34
Foto: Juan Davi Tena/ SIG
Juan Manuel Santos pediu à comunidade internacional que pressione ''cada vez com mais força'' para restabelecer a democracia na Venezuela - FOTO: Foto: Juan Davi Tena/ SIG
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O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, pediu à comunidade internacional que pressione "cada vez com mais força" para restabelecer a democracia na Venezuela, em um artigo publicado no jornal espanhol El País no qual critica a "ditadura" de Nicolás Maduro.

No texto, que tem como título "Choramos por ti, Venezuela", Santos lamenta que no governo Maduro "ao lado da economia, a democracia também foi destruída (...), a corrupção se converteu em voz corrente do regime e o respeito pelos direitos humanos deixou de existir".

Possibilidade de romper relações com a Venezuela

Santos, que nos últimos dias intensificou as críticas a Maduro e não descarta a possibilidade de romper relações com a Venezuela, afirma que "não pode entronizar-se e perpetuar-se uma ditadura no centro da América Latina".

"Os países da região e da comunidade internacional que defendem os valores da paz e da liberdade devem seguir pressionando, cada vez com mais força e com ações efetivas, por um rápido restabelecimento, oxalá pacífico, da democracia nesta grande nação", escreve o presidente da Colômbia.

Santos destaca, no entanto, que a posição de Bogotá sempre "foi a de ajudar a buscar uma saída negociada" para a grave crise venezuelana, recordando que a "Colômbia é o país que mais tem a ganhar ou perder" com o que acontecer na nação com a qual compartilha 2.200 km de fronteira.

No texto, Santos recorda que advertiu há sete anos o antecessor e mentor de Maduro, Hugo Chávez, que o modelo que estimulava não teria êxito.

Ele pergunta sobre o fracasso e descreve a crise econômica venezuelana, com uma severa escassez de alimentos e remédios, além da maior inflação do mundo.

Mas Santos destaca que com "humor" manteve uma relação "cordial" com Chávez "até seu último dia, apesar de nossas profundas divergências", porque era "o que era conveniente aos dois povos" e era chave para alcançar a paz na Colômbia.

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