ESPANHA

Veja o que se sabe sobre os atentados em Barcelona e Cambrils

Ao menos 13 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas nas cidades catalãs de Barcelona e Cambrils em dois atropelamentos

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Publicado em 18/08/2017 às 5:15
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Ao menos 13 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas nas cidades catalãs de Barcelona e Cambrils em dois atropelamentos - FOTO: GABRIEL BOUYS / AFP
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Ao menos 13 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas nas cidades catalãs de Barcelona e Cambrils, em dois atropelamentos atribuídos a "terroristas", em mais um episódio contra a Europa relacionado a grupos extremistas islâmicos.

Veja o que se sabe dos atentados.

Os acontecimentos em Barcelona

Às 17H00 pelo horário local (15H00 GMT, 12H00 horário de Brasília), uma van atropela pedestres nas Ramblas, um avenida de Barcelona bastante frequentada pelos turistas espanhóis e estrangeiros.

As testemunhas descrevem cenas de caos e de pânico entre os transeuntes.

"Podemos confirmar que já são 13 os falecidos e que há mais de uma centena de feridos", informou em coletiva de imprensa o secretário de Interior do governo catalão, Joaquim Forn.

O número de mortos pode aumentar devido à gravidade de alguns feridos.

O ataque foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Vítimas 

A Agência Espanhola de Proteção Civil indicou que no ataque há vítimas de pelo menos 18 nacionalidades entre mortos e feridos. 

As autoridades detalharam que há cidadãos de Alemanha, Argentina, Austrália, China, Bélgica, Cuba, França, Espanha, Holanda, Hungria, Peru, Romênia, Irlanda, Grécia, Macedônia, Itália e Venezuela, entre outros, sem especificar se estavam entre os mortos ou os feridos. 

No entanto, a chancelaria colombiana confirmou que um cidadão do país foi ferido no ataque.

A reação das autoridades em Barcelona

O local foi imediatamente isolado por uma faixa de segurança e cinco ambulâncias, além de aproximadamente vinte viaturas de polícia.  

A Polícia pediu aos moradores que ficassem em casa e que evitassem deslocamentos desnecessários.

O chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, afirmou em um tuíte que está em contato com as autoridades locais que a prioridade era ajudar as vítimas e facilitar o trabalho das forças de segurança.

A Casa Real espanhola condenou igualmente o ataque no Twitter assegurando: "Não vão nos aterrorizar".

Ataque em Cambrils 

Horas após o ataque em Barcelona, seis civis e um policial ficaram feridos - na madrugada de sexta-feira - quando um veículo foi atirado contra a multidão na turística localidade de Cambrils, 120 km ao sul de Barcelona.

Quatro suspeitos foram mortos no confronto com a polícia e o quinto faleceu quando era atendido em um hospital.

Os "supostos terroristas" circulavam em um Audi A3 e atropelaram diversas pessoas até baterem em um carro da Mossos d'Esquadra (polícia regional da Catalunha), o que deu início ao tiroteio. Alguns carregavam "cinturões com explosivos".

Vítimas

Dos seis civis atropelados em Cambrils, dois se encontram em estado grave, enquanto um agente foi ferido levemente, segundo a polícia.

Já o serviço de emergências comunicou um ferido em "estado crítico".

Os suspeitos 

Dois suspeito ligados ao ataque em Barcelona foram detidos, um espanhol e um marroquino, de acordo o presidente regional catalão, Carles Puigdemont.

Uma testemunha disse ter visto na van "um homem muito jovem, de aproximadamente vinte anos, de rosto fino".

No ataque em Cambrils, quatro suspeitos foram mortos no confronto com a polícia e um quinto faleceu quando era atendido em um hospital. O grupo carregava explosivos.

A polícia vê relação entre os atropelamentos em Barcelona e em Cambrils, e liga os dois casos a uma explosão ocorrida na madrugada de quinta-feira em Alcanar, 200 km ao sul da capital catalã, supostamente quando era preparada uma bomba.

Ataques anteriores na Espanha

A Espanha foi o alvo do pior atentado extremista na Europa em março de 2004, quando uma dezena de bombas explodiram nos trens nos arredores de Madri, deixando 191 mortos. Os ataques foram reivindicados por uma célula islamita radical em nome da Al-Qaeda.

Em julho de 2015, um homem armado atirou na frente de um hotel de Barcelona, deixando dois feridos.

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