O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pediu nesta terça-feira (22) ao papa Francisco ajuda para impedir que se concretize a advertência do chefe de Estado, Donald Trump, de intervir militarmente na Venezuela, assim como para um diálogo com a oposição.
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"Que o Papa nos ajude ao diálogo respeitoso, à verdade, que o Papa nos ajude a impedir que Trump lance suas tropas e invada Venezuela. Peço ao Papa ajuda contra a ameaça militar dos Estados Unidos", disse Maduro em coletiva de imprensa.
Maduro se distanciou de Francisco e da secretaria de Estado do Vaticano, que acusa de confabular com a hierarquia católica local e com a oposição para desestabilizá-lo.
"Que não nos abandone", pediu o presidente.
Enquanto invocava a mediação do Papa, Maduro se referiu orgulhoso à sua aliança com a Rússia, especialmente nos âmbitos militar e petroleiro.
"A Venezuela tem o apoio da Rússia, pleno, total, absoluto", afirmou o mandatário, que anunciou uma próxima reunião em Moscou com seu homólogo Vladimir Putin, que qualificou de "um homem de paz".
Acordo de cooperação
Maduro disse que um objetivos do encontro será "continuar fortalecendo o acordo de cooperação militar", no marco do qual a Rússia vendeu à Venezuela aviões de combate Sukhoi Su-30, mísseis terra-ar e fuzis, entre outros equipamentos.
"Chegaram os melhores sistemas de armas da Rússia", destacou o presidente, ressaltando que ambos os países "construíram uma fortaleza para a defesa soberana da Venezuela".