O presidente da Agência Nacional de Infraestrutura da Colômbia (ANI), Luis Fernando Andrade, apresentou hoje (24) sua demissão "irrevogável" ao cargo em meio ao escândalo gerado pelo pagamento de subornos da construtora Odebrecht no país, informaram hoje fontes oficiais. A informação é da EFE.
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"Decidi apresentar minha demissão irrevogável para dar plenas garantias de imparcialidade à justiça e não pôr em risco a confiança que os cidadãos têm na ANI e no ambicioso programa de infraestrutura que tantos esforços requer", apontou o funcionário em um comunicado.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, disse que aceitou "com pesar a demissão de Luis Fernando Andrade e designou para o cargo o atual vice-ministro de Fazenda, Dimitri Zaninovich. .
A Promotoria colombiana acusa Andrade do delito de interesse indevido na adjudicação de contratos e considera que ele teve um papel importante na contratação de obras da Odebrecht, especificamente no trecho Ocaña-Gamarra, contrato pelo qual, supostamente, a multinacional brasileira pagou um suborno de US$ 4,6 milhões através do ex-senador Otto Bula.
Até o momento e pelo caso da concessão da Ruta del Sol II e a sua adição à Ocaña-Gamarra, já foram detidos o ex-vice-ministro de Transporte Gabriel García Morales, o ex-senador Bula, e o ex-assessor da ANI Juan Sebastián Correa, além dos empresários Enrique e Eduardo Ghisays, César Hernández e Gustavo Urrego.
Primeira condenação pelo caso Odebrecht na Colômbia
Também está na prisão o senador governista Bernardo Miguel "Ñoño" Elías. A primeira condenação pelo caso Odebrecht na Colômbia foi de sete anos, contra o empresário Ghisays Manzur pelos delitos de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito.