A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Nikki Haley, afirmou nesta sexta-feira (25) que seu país não permitirá o avanço da Venezuela para uma "ditadura" e não descartou novas sanções financeiras e diplomáticas contra o governo de Nicolás Maduro. A informação é da EFE.
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A declaração foi feita após o presidente Donald Trump assinar, hoje, uma ordem executiva na qual proíbe as "negociações em dívida nova e capital emitida pelo governo da Venezuela e sua companhia de petróleo estatal", nas primeiras sanções ao sistema financeiro venezuelano.
A medida proíbe também as "negociações com certos bônus existentes do setor público venezuelano, bem como pagamentos de dividendos ao governo da Venezuela".
“Farsa da Constituinte”
"Não vamos tolerar a ditadura que [Maduro] está tentando criar. E não vamos respeitar sua farsa de Assembleia [Constituinte]", disse Nikki aos jornalistas, pouco depois de Washington anunciar as novas sanções contra a Venezuela. Ela afirmou que as medidas enviam "uma mensagem clara ao povo venezuelano e a Maduro".
"Neste momento nos pareceu, já que não estamos vendo nenhum progresso para ajudar o povo da Venezuela e vemos mais da tomada de poder que Maduro está tentando, que as sanções eram uma opção para mandar uma mensagem", disse.
A embaixadora declarou que para os EUA não restou "outra opção" a não ser usar as sanções para tentar chamar a atenção das autoridades venezuelanas, após meses advertindo sobre a situação no país. Ela disse que vai estudar se há alguma ação que possa empreender contra a Venezuela na ONU e que os Estados Unidos continuarão analisando novas medidas contra o país, em setores como o financeiro e o diplomático.
Os Estados Unidos convocaram em maio passado uma primeira reunião sobre a crise venezuelana no Conselho de Segurança da ONU, mas vários membros rejeitaram manter o assunto de forma permanente na agenda, ao considerar que essa não era uma ameaça para a paz e a segurança internacional.
Nikki, que também abordou outros temas atuais, conversou com jornalistas poucos minutos antes do início de uma reunião na sede das Nações Unidas entre o secretário geral da organização, António Guterres, e o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza.