Peru

MP peruano confirma envolvimento de Keiko Fujimori no caso Odebrecht

Keiko Fujimori afirmou que nunca recebeu dinheiro da Odebrecht

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Publicado em 29/08/2017 às 7:38
Foto: Divulgação/Odebretch
Keiko Fujimori afirmou que nunca recebeu dinheiro da Odebrecht - FOTO: Foto: Divulgação/Odebretch
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O Ministério Público (MP) do Peru confirmou, nessa segunda-feira (28), que uma nota do empresário Marcelo Odebrecht envolve a candidata derrotada nas últimas eleições presidenciais peruanas, Keiko Fujimori, no caso das doações supostamente entregues pela construtora brasileira a candidatos presidenciais. A informação é da Agência EFE.

O procurador-geral, Pablo Sánchez, assegurou que a nota, encontrada no telefone celular de Marcelo Odebrecht, ex-presidente da construtora, já está em posse dos procuradores peruanos para ser incorporada às investigações sobre o caso.

De acordo com o portal IDL-Reporteros, em junho, entre as notas da Odebrecht havia uma anotação que dizia: "Aumentar Keiko para 500 e eu vou fazer uma visita".

Sánchez explicou que "isso foi comprovado" e anunciou que o MP seguirá "os canais processuais que foram previstos" para investigar mais essa informação.

Marcelo Odebrecht pediu ao diretor de sua empresa no Peru, Jorge Barata, que aumentasse o apoio à candidatura de Keiko Fujimori durante a campanha presidencial de 2011, segundo as declarações que deu aos promotores peruanos em maio passado, publicadas em julho pela revista Caretas.

Keiko Fujimori disse, há 18 dias, que com a diligência do MP peruano para confirmar a existência dessa nota seria confirmado que nunca recebeu dinheiro da Odebrecht.

Caso do Peru

No Peru, o caso Odebrecht se concentra em traçar o rastro dos US$ 29 milhões que a empresa brasileira admitiu, na Justiça dos Estados Unidos, ter pago em propinas a funcionários peruanos, em troca da concessão de obras milionárias entre os anos de 2005 e 2014.

Esse período inclui os governos de Alejandro Toledo, que tem mandado de prisão por ter recebido suposta propina de US$ 20 milhões; Alan García, incluído em investigações por doações para o Metrô de Lima; e Ollanta Humala, preso por suposto financiamento irregular de seu partido.

Barata disse aos promotores peruanos ter feito doações para as campanhas eleitorais de vários candidatos à Presidência do Peru, como é o caso de Humala, com US$ 3 milhões em 2011, valor que o ex-presidente e sua esposa, Nadine Heredia, negam ter recebido.

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