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Maior asteroide a cruzar a Terra em um século passará nesta sexta a 7 milhões de km

Cientistas aproveitarão passagem asteroide para estudar o corpo celeste mais detalhadamente usando poderosos telescópios na Califórnia e em Porto Rico

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Publicado em 30/08/2017 às 21:41
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Cientistas aproveitarão passagem asteroide para estudar o corpo celeste mais detalhadamente usando poderosos telescópios na Califórnia e em Porto Rico - FOTO: HANDOUT / EUROPEAN SPACE AGENCY / AFP
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O maior asteroide que se aproximou da Terra em mais de um século passará nesta sexta-feira a uma distância de sete milhões de quilômetros, sem representar nenhum perigo para o nosso planeta, disse a Nasa.

Este asteroide, de 4,4 km de diâmetro, chamado Florence, foi descoberto em março de 1981.

"É o maior objeto celeste a passar tão perto do nosso planeta desde a descoberta do primeiro asteroide nas proximidades da Terra há mais de um século", afirmou a agência espacial em seu site.

"Embora muitos asteroides conhecidos tenham cruzado a Terra a uma distância mais curta do que fará Florence na sexta-feira, 1º de setembro, todos eram menores", assinalou Paul Chodas, responsável do Centro para o Estudo de Objetos Próximos à Terra, dependente da Nasa.

Florence não deverá retornar às imediações da Terra até outubro de 2024 e não voltará a passar tão perto de nosso planeta até dentro de 500 anos, afirmou a Nasa.

Os cientistas aproveitarão esta passagem para estudar o corpo celeste mais detalhadamente usando poderosos telescópios na Califórnia e em Porto Rico.

"As imagens resultantes devem permitir determinar as dimensões exatas do asteroide e também revelar os detalhes de sua superfície com uma precisão de 10 metros", calculou a Nasa.

Colisões entre asteroides e a Terra são consideradas como eventos incomuns

As colisões entre grandes asteroides e a Terra são eventos incomuns.

"Aproximadamente a cada 2.000 anos, um meteorito do tamanho de um campo de futebol atinge o planeta, devastando a área de impacto e os arredores", afirmou a agência espacial americana.

Sobre os objetos celestes capazes de aniquilar a civilização humana, como o que provocou o fim dos dinossauros há 66 milhões de anos, estes ameaçam a Terra uma vez a cada alguns milhões de anos, acrescentou.

Igualmente raro, o meteoro que provocou importantes danos e deixou 1.000 feridos em Chelyabinsk, na Rússia, em fevereiro de 2013, tinha um diâmetro de 15 a 17 metros e uma massa de 7.000 a 10.000 toneladas. Este objeto liberou uma energia estimada de cerca de 30 vezes a potência da bomba de Hiroshima.

A Nasa estima que um asteroide do tamanho de um carro atinja a atmosfera da Terra uma vez ao ano, mas se desintegre antes de tocar o solo.

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