Os noruegueses comparecem às urnas nesta segunda-feira (11) para o que é considerado um "thriller eleitoral", que determinará se a coalizão de governo conservadora permanece no poder ou se uma aliança de esquerda vai comandar a Noruega nos próximos quatro anos.
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A votação começou às 9H00 (4H00 de Brasília) e deve prosseguir até 21H00 (16H00 de Brasília). Pouco depois serão divulgados os primeiros resultados parciais.
As pesquisas mostram uma disputa apertada entre o bloco da primeira-ministra conservadora Erna Solberg e a oposição, liderada pelo trabalhista Jonas Gahr Støre. Além disso, vários pequenos partidos podem ter a chave do próximo governo.
"Tudo está pronto para o maior thriller eleitoral em várias décadas", afirmou um comentarista político do canal TV2, depois da divulgação no sábado da última pesquisa de opinião, que mostrou uma pequena vantagem da direita, inferior à margem de erro.
Governo atual
No poder desde 2013, o atual governo, que reúne conservadores e grupos populistas moderados, como o Partido do Progresso, que tem uma posição contrária à imigração, fez uma campanha com a promessa de continuidade.
A seu favor, o governo conta com a gestão da crise do setor petroleiro, motor da economia norueguesa, afetado por uma brutal queda nas cotações do produto - a maior em 30 anos - a partir de meados de 2014.
O rico país nórdico, onde vivem 5,3 milhões de pessoas, também enfrentou em 2015 a crise dos migrantes, quando em meio a uma onda sem precedentes de refugiados que chegaram a Europa, 31.000 pessoas pediram asilo no reino.
"Queremos quatro anos a mais para continuar fazendo o que já funciona", disse a primeira-ministra conservadora Erna Solberg, uma política experiente de 56 anos.
O governo de direita estimulou o crescimento com a redução de impostos e o recurso frequente ao fundo soberano de quase um trilhão de dólares, que o país - maior produtor de petróleo do oeste da Europa - estabeleceu em 20 anos.
Para Støre, a fórmula deve mudar no país. Um aumento de impostos para os "mais ricos" para poder consolidar o Estado de bem-estar, tão apreciado pelos noruegueses, e conseguir lutar assim contra as desigualdades.
"Precisamos de uma mudança agora, porque estamos nos afastando uns dos outros", afirmou no domingo o candidato trabalhista de 57 anos, depois de votar de modo antecipado com a mulher em uma escola em um bairro da zona oeste de Oslo, um distrito majoritariamente conservador.
Nas grandes cidades, os locais de votação estavam abertos desde domingo, mas o dia oficial da eleição é a segunda-feira. Quase um milhão de pessoas, de 3,76 milhões de eleitores registrados, recorreram ao voto antecipado.