Uma militante da oposição síria e sua filha, uma jornalista, foram encontradas mortas em seu apartamento em Istambul, informou a imprensa turca, enquanto seus parentes denunciaram um "assassinato".
A polícia encontrou os corpos de Arubeh Barakat, de 60 anos, e de sua filha Halla Barakt, de 22, na quinta-feira (21) à noite, depois de receber ligações de familiares, preocupados por não conseguirem entrar em contato com elas, de acordo com as agências de notícias Anadolu e Dogan.
Segundo a Dogan, alguns vizinhos das vítimas, que moravam em Usküdar, na parte asiática de Istambul, afirmaram que as duas foram decapitadas.
De acordo com o jornal Hürriyet, mãe e filha foram mortas alguns dias atrás e seus corpos foram pulverizados com detergente para disfarçar os odores.
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"Injustiça e tirania"
A irmã de Arubah Barakat, Shaza, confirmou as mortes no Facebook, afirmando que ambas morreram "nas mãos da injustiça e da tirania".
De acordo com a mesma fonte, Arubeh Barakat se opunha desde a década de 1980 ao regime sírio, primeiro de Hafez Al-Assad e depois de seu filho Bashar, que o sucedeu em 2000.
A família das vítimas acredita que o crime pode estar relacionado à oposição de Arubeh Barakat, segundo um ativista sírio, Rami Jarrah.
A Coalizão Nacional da oposição síria, com sede em Istambul, homenageou as duas mulheres e denunciou "um assassinato atroz", responsabilizando "a mão do terrorismo e da tirania" do regime de Assad.
Riyad Hijab, coordenador do Alto Comitê Sírio de Negociações (HCN), afirmou no Twitter que "o assassino [...] não alcançará seus objetivos". "Pedimos que seja preso e levado à justiça".
Halla Barakat trabalhava para o site Orient News e havia sido empregada no canal de língua inglesa da televisão pública turca (TRT).
Desde o início do conflito na Síria, em março de 2011, quase três milhões de sírios, incluindo numerosos opositores do presidente Bashar Al-Assad e jornalistas, se refugiaram na Turquia.