Um saudita foi executado nesta segunda-feira (2) em Riad, anunciou a agência oficial SPA, elevando a 100 o número de execuções na Arábia Saudita desde o início do ano.
O homem havia sido condenado à morte pelo assassinato de outro saudita e um tribunal de recurso confirmou o veredicto, explicou a SPA, sem mais detalhes.
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Em uma declaração, a Anistia Internacional condenou "o frenesi de execuções do governo da Arábia Saudita", especialmente desde julho, com "uma média de cinco pessoas mortas a cada semana".
A 100ª execução ocorre num momento em que o reino ultraconservador, governado por uma versão rigorosa do Islã, multiplica os anúncios de reformas.
"Se as autoridades sauditas querem sinceramente fazer reformas, devem estabelecer imediatamente uma moratória sobre as execuções, o primeiro passo para a abolição total da pena de morte", disse Lynn Maalouf, diretora de pesquisa da Anistia para o Oriente Médio.
A Arábia Saudita executou um total de 153 pessoas em 2016, de acordo com uma contagem da AFP a partir de anúncios oficiais.
Após a China e o Irã, o reino saudita é um dos países que mais aplica a pena capital, válida em casos de terrorismo, assassinato, estupro, assalto à mão armada e tráfico de drogas.