O Parlamento do Curdistão iraquiano aprovou nesta terça-feira uma medida para adiar em oito meses as eleições legislativas previstas para 1º de novembro e deve anunciar em breve uma nova data para a eleição presidencial, que aconteceria no mesmo dia.
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A votação aconteceu um mês depois de um referendo de independência que provocou uma grave crise entre Erbil e as autoridades federais.
Bagdá enviou recentemente suas tropas para várias regiões que estavam há alguns anos sob controle dos peshmergas (combatentes curdos).
"O Parlamento do Curdistão decidiu em sua sessão adiar em oito meses as eleições parlamentares na região autônoma", declarou à AFP Bahzad Zebari, deputado da União Islâmica do Curdistão.
Farsat Sofi, deputado do Partido Democrático do Curdistão (PDK), afirmou à AFP que "o Parlamento escolherá a data das eleições legislativas e presidenciais".
Zebari informou ainda que "o Parlamento decidiu interromper as atividades da presidência do Curdistão".
Esta instância reúne o presidente curdo, Masud Barzani, líder do PDK, seu vice-presidente, Kosrat Rasul, membro da União Patriótica do Curdistão (UPK), rival histórico do PDK, assim como o chefe de gabinete da presidência, Fuad Husein.
O mandato de Barzani, primeiro e único presidente eleito nesta região autônoma do norte do Iraque, expirou em 2013. Foi prolongado por dois anos e depois prosseguiu em meio ao caos criado pelo avanço do grupo extremista Estado Islâmico (EI) desde 2014.