A Grécia estava de luto nesta quinta-feira após as inundações que mataram ao menos 16 pessoas e deixaram dezenas de feridos perto de Atenas, uma "catástrofe anunciada" segundo a imprensa e especialistas, que criticaram décadas de urbanismo errático.
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Ao menos quatro pessoas continuavam desaparecidas, um dia após a invasão de lama nas localidades de Nea Peramos, Mandra e Megara, cerca de 50 km ao oeste de Atenas.
A última vítima, um homem de 50 anos, foi encontrada em um porão cheio de lama. Os serviços de emergência demoraram mais de um dia para chegar à sua casa.
A preocupação das autoridades aumentou com as chuvas torrenciais que caíam em toda a região da capital.
A imprensa grega criticou nesta quinta-feira a falta de respeito às regras de urbanismo.
Fenômeno raro
O primeiro-ministro, Alexis Tsipras, reagiu na quarta-feira à noite decretando três dias de "luto nacional", uma medida essencialmente simbólica.
"Trata-se claramente de um fenômeno meteorológico raro e extremo", disse Tsipras em um comunicado. "Mas este fenômeno extremo teve tais efeitos devido a (décadas) de problemas acumulados e de defeitos nas infraestruturas e na gestão do território", acrescentou.
A maioria das vítimas das inundações morreram afogadas, algumas delas presas em suas próprias casas.