LÍBIA

Secretário da ONU se diz "horrorizado" com venda de migrantes na Líbia

Na semana passada foram foi divulgado um vídeo em que homens negros são oferecidos em leilão na Líbia

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Publicado em 20/11/2017 às 15:25
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Na semana passada foram foi divulgado um vídeo em que homens negros são oferecidos em leilão na Líbia - FOTO: Foto: AFP
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O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse nesta segunda-feira (20) estar "horrorizado" pela imagens de vídeo que mostram a venda de migrantes como escravos na Líbia, e garantiu que esse comércio precisa ser investigado como possíveis crimes contra a humanidade.

A rede de televisão CNN difundiu na semana passada um vídeo de um aparente leilão na Líbia em que homens negros são apresentados a compradores do norte de África como possível mão-de-obra para o campo e acabam vendidos por cerca de 400 dólares.

"A escravidão não tem cabimento em nosso mundo e essas ações estão entre os mais atrozes abusos de direitos humanos e podem constituir crimes contra a humanidade", disse Guterres a jornalistas.

"Estou horrorizado com as notícias da imprensa e com os vídeos que mostram migrantes africanos na Líbia, em que se diz que estão sendo vendidos como escravos", disse.

Guterres pediu a "todas as autoridades competentes" que investiguem esses leilões de escravos o mais rápido possível e acrescentou um pedido a "atores relevantes das Nações Unidas que investiguem ativamente este assunto".

O primeiro-ministro adjunto da Líbia, Ahmed Metig, disse que seu governo -apoiado pela ONU- investigará o caso, segundo um comunicado publicado no último domingo no Facebook.

As imagens geraram a indignação de líderes africanos e pedidos de investigação. O presidente guineano Alpha Condé se referiu às imagens como "comércio depreciável... de outra era". 

O governo do Senegal expressou sua "indignação" e o presidente do Níger, Mahamadu Issufu, disse que o assunto o deixou "profundamente aborrecido" e pediu às autoridades líbias e organizações internacionais que façam "tudo o que for possível para deter essa prática".

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