Os Estados Unidos consideraram nesta quarta-feira (29) "um passo atrás para a democracia na Bolívia" que o presidente Evo Morales tenha sido autorizado a se candidatar ao quarto mandato consecutivo, embora um referendo do ano passado tenha lhe negado essa possibilidade.
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"Os Estados Unidos estão profundamente preocupados pela decisão de 28 de novembro do Tribunal Constitucional da Bolívia de declarar inaplicáveis disposições da Constituição do país que proíbem funcionários eleitos, incluindo o presidente, a cumprir mais de dois mandatos consecutivos", manifestou o Departamento de Estado.
"A decisão não leva em conta a vontade do povo boliviano", ressaltou o comunicado oficial, lembrando que a Bolívia votou duas vezes a favor de limitar a dois os mandatos consecutivos de presidente: primeiro ap aprovar a Carta Magna em 2009 e depois no referendo de 2016.
Aval para disputa
O presidente da Bolívia, Evo Morales, recebeu na terça-feira (28) o aval do Tribunal Constitucional para se candidatar a um quarto mandato consecutivo (2020-2025), apesar do referendo que lhe negou essa possibilidade no ano passado.
A decisão, adotada por unanimidade, considera que o direito humano a se candidatar livremente a um cargo prevalece sobre as limitações da Constituição.