SAÍDA DA UNIÃO EUROPEIA

May: acordo com Bruxelas mostra que Brexit ordenado é possível

Segundo a primeira-ministra, houve concessões dos dois lados para que as negociações passassem à segunda fase

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Publicado em 11/12/2017 às 15:12
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A primeira-ministra britânica Theresa May comemorou, nesta segunda-feira (11), no Parlamento, o acordo alcançado com Bruxelas e disse que isso mostra que uma saída ordenada da União Europeia é possível. 

"Vamos sair (da UE), mas de uma maneira harmônica e ordenada, garantindo uma relação nova e especial com nossos amigos, enquanto recuperamos o controle de nossas fronteiras", disse May numa sessão para explicar o acordo ao Parlamento. 

Ela acrescentou que "uma nova sensação de otimismo" ronda o Brexit desde o acordo de sexta-feira, apesar de que, menos de 48 horas depois, ter acontecido a primeira polêmica com a Irlanda. 

A primeira-ministra disse que houve concessões de ambos os lados, e elas vão permitir que Londres e Bruxelas passem à segunda fase de negociações da separação, sobre a futura relação comercial. 

Repetindo uma espécie de mantra sobre as negociações, May disse: "Claro, nada está acertado até que se acorde tudo. Mas há, eu acho, uma nova sensação de otimismo nas discussões". 

Antes de seu discurso na Câmara dos Comuns, May presidiu uma reunião do governo, dividido entre os que querem manter algum tipo de harmonia com a UE no futuro, ou cortar pela raiz, para ficarem completamente livres, especialmente em matéria de imigração e comércio. 

Pelo acordo alcançado na sexta-feira, Londres aceitou pagar uma fatura de separação de entre 40 e 45 bilhões de euros, renunciar a restaurar a fronteira com a Irlanda e manter os direitos dos europeus que vivem no Reino Unido. 

Contudo, o ministro britânico do Brexit, David Davis, expressou dúvidas sobre a seriedade de Londres no acordo, especificamente no que diz respeito à fronteira com a Irlanda, ao afirmar que era mais "uma declaração de intenções do que algo juridicamente vinculativo".

Davis disse nesta segunda-feira que suas palavras teriam sido "distorcidas" e que, "claro que é legalmente vinculante", ainda que Londres e Bruxelas cheguem a um acordo comercial insatisfatório para os britânicos.

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