POLÊMICA

Sindicatos argentinos farão greve geral contra reforma da previdência

O governo argentino considera a reforma fundamental para se reduzir o déficit fiscal

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Publicado em 14/12/2017 às 1:55
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 A principal central de trabalhadores da Argentina convocou nesta quarta-feira (14) uma greve geral, para a próxima sexta-feira (15), contra a polêmica revisão do cálculo da previdência promovida pelo governo do presidente Mauricio Macri.

A greve, convocada por 24 horas, será a primeira durante o governo Macri, que assumiu em dezembro de 2015.

A Confederação Geral do Trabalho (CGT), que reúne os maiores sindicatos, convocou ainda uma mobilização para a quinta-feira, quando o governo tentará converter em lei a revisão já aprovada pelo Senado.

O governo considera a reforma fundamental para se reduzir o déficit fiscal.

Milhares de pessoas protestaram nesta quarta-feira (14) contra a medida, em Buenos Aires, provocando o caos no trânsito no centro da cidade.

Um forte cordão policial isolou o Congresso, onde manifestantes provocaram confusão quando tentavam iniciar uma vigília até o início da sessão.

Reforma na aposentadoria

A reforma prevê mudanças no cálculo e na periodicidade dos ajustes das aposentadorias de 17 milhões de pessoas, com uma redução de gastos anual de cerca de 100 bilhões de pesos (5,6 bilhões de dólares), segundo cálculos da oposição.

Atualmente, as aposentadorias são reajustadas semestralmente com base em um índice que leva em conta a arrecadação tributária e a média dos aumentos salariais. O governo propõe uma atualização trimestral, mas substituindo no cálculo a arrecadação tributária por um índice de inflação.

Com o novo cálculo, o próximo reajuste, em março, seria de 5,7%, contra 12%, segundo a oposição.

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