Os chilenos estão indo às urnas neste domingo para eleger um novo presidente, em um segundo turno inesperadamente concorrido. Os eleitores escolhem entre o conservador Sebastián Piñera e o progressista Alejandro Guillier. Apesar da lentidão observada pela manhã, mais de 48 mil mesas de votação foram abertas em todo o país.
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O voto no Chile é voluntário e a expectativa das autoridade é de que menos metade dos 14,3 milhões de eleitores que costumam votar compareçam às urnas neste domingo. No primeiro turno, a participação foi de 46,7% do eleitorado (6,7 milhões).
“O que determinará quem ganhará se resume à quantidade de pessoas que ficarão em casa, em particular quantas do lado de Guillier", disse Robert Funk, diretor do Centro de Estudos da Opinião Pública da Universidade do Chile.
Progessistas x Conservadores
Numa eleição cujo voto não é obrigatório, está em jogo a continuidade das reformas sociais e da centro-esquerda frente uma promessa de maior bonança econômica da centro-direita.
Piñera, de 68 anos, foi presidente do Chile de 2010 a 2014. Ele conquistou 36,6% dos votos no primeiro turno, um ponto percentual abaixo da maioria absoluta, enquanto Guillier obteve 22,7% dos votos entre os oito candidatos que disputaram a eleição.
Durante a campanha do segundo turno, Piñera teve o apoio de um ex-candidato ultraconservador (que obteve 7,9% dos votos), enquanto Guillier conseguiu o suporte de quase todos os outros candidatos de centro-esquerda que participaram do primeiro turno em novembro.
A eleição está sendo vista como um referendo sobre a gestão da presidente Michelle Bachelet, que está deixando o cargo e buscou reduzir a enorme diferença de renda entre ricos e pobres com uma série de reformas. Apesar disso, vários desacordos dentro do governo e uma economia quase estagnada escureceram seu legado.
Deslizamento
As autoridades chilenas revêem, neste domingo, que alternativas adotar para cumprir o processo eleitoral na região de Palena, no Sul do país. Isso porque ontem (16), um desmoronamento causado pelas chuvas no pequeno povoado de Villa Santa Lúcia, a 1,2 mil quilômetros de Santiago, deixou cinco pessoas mortas, 18 desaparecidas e outras 12 feridas.