Estudos

Novo revés no tratamento do Mal de Alzheimer

Uma equipe internacional de pesquisadores realizou três testes clínicos em 34 países com 2.525 participantes

AFP
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Publicado em 09/01/2018 às 21:19
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Uma equipe internacional de pesquisadores realizou três testes clínicos em 34 países com 2.525 participantes - FOTO: Foto: Agência Brasil.
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Uma molécula considerada promissora contra o Mal de Alzheimer não mostrou a eficácia esperada em uma série de testes clínicos cujos resultados foram publicados nesta terça-feira na revista Journal of the American Medical Association (JAMA).

Estudos anteriores tinham levado a pensar que a idalopirdine, do grupo farmacêutico dinamarquês Lundbeck, poderia melhorar as capacidades cognitivas em pessoas com Mal de Alzheimer tratadas previamente com fármacos existentes para minimizar os sintomas, sem deter o desenvolvimento desta degeneração neurológica incurável.

Uma equipe internacional de pesquisadores realizou três testes clínicos em 34 países com 2.525 participantes de ao menos 50 anos de idade em uma fase moderada da doença. Entre 62% e 65% dos participantes eram mulheres.

Os ensaios, com uma duração de 24 semanas cada, foram realizados entre outubro de 2013 e janeiro de 2017.

Os participantes foram selecionados aleatoriamente para tomar uma determinada dose de idalopirdine ou de um placebo, com outro tratamento existente contra o Alzheimer.

"Os resultados foram decepcionantes porque esta nova molécula não fez nada para melhorar a cognição dos participantes nem para conter seu declínio cognitivo, independentemente da dose", escrevem os autores.

"Estes resultados mostram que a idalopirdine não deve ser usada para o tratamento do Mal de Alzheimer", conclui a equipe de cientistas, que inclui Alireza Atri, do centro médico California Pacific em San Francisco.

OMS

Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 36 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem demência, em sua maioria pelo Mal de Alzheimer.

A previsão é que este número dobrará até 2030 e triplicará até 2050, chegando a 115,4 milhões, se não for descoberto um tratamento efetivo nos próximos anos.

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