O procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, disse nesta terça-feira (16) que a segurança nacional de seu país foi prejudicada pelo sistema de imigração, que permitiu o ingresso de centenas de terroristas.
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Dias depois de o presidente Donald Trump gerar polêmica ao denunciar a entrada de imigrantes procedentes de, segundo disse, "países de merda", o governo reorientou o debate sobre a relação entre a imigração e a ameaça terrorista.
Um relatório do departamentos de Justiça e de Segurança Interior indica que cerca de 75% das 549 condenações por terrorismo internacional nas cortes dos Estados Unidos desde os ataques da Al-Qaeda em 11 de setembro de 2001, envolviam pessoas nascidas no exterior, incluídas 148 que obtiveram a cidadania após chegar ao país.
Refugiados
"Este relatório revela uma realidade indiscutivelmente esclarecedora, nosso sistema de imigração tem prejudicado nossa segurança nacional e segurança pública", disse Sessions.
"E a informação nesse relatório é somente a ponta do iceberg: atualmente temos investigações por vínculos com o terrorismo contra milhares de pessoas nos Estados Unidos, incluindo centenas de pessoas que vieram como refugiados", acrescentou.
O relatório, segundo a Casa Branca, respalda a necessidade de pôr fim a dois programas de imigração chave: o sistema de sorteio de "green card" que existe há 28 anos e é mundialmente aberto, e a chamada "migração em rede", que permite que parentes se juntem àqueles imigrantes que já se encontram nos Estados Unidos.
Funcionários da Casa Branca disseram que aspiram a um sistema como o de Canadá ou Austrália, onde os candidatos a imigrantes são avaliados pelas habilidades e conhecimento que podem levar ao país.