A Coreia do Norte rapidamente terá capacidade de atacar os Estados Unidos com uma arma nuclear, embora até o momento não tenha provado que seus mísseis balísticos possam chegar ao território americano, advertiram nesta terça-feira (30) autoridades militares e de Inteligência.
Pyongyang demonstrou que seus foguetes têm a potência suficiente para chegar até os Estados Unidos, mas o general Paul Selva, vice-presidente do Estado-Maior Conjunto, disse que ainda não provou que suas tecnologias de fusionar e dirigir podem sobreviver às tensões de voo de mísseis balísticos.
Leia Também
- Perto de arma nuclear, Kim Jong-un diz que busca 'equilíbrio' com EUA
- Kim diz que Coreia do Norte está perto dispor de arma nuclear
- Coreia do Norte tem arma nuclear do tamanho de uma ogiva, diz Seul
- Irã diz que precisaria de apenas cinco dias para ter arma nuclear
- Trump: Irã jamais deve ser autorizado a ter arma nuclear
"Fizeram alguns avanços, mas também é certo que ainda não mostrou todos os componentes de um sistema de mísseis balísticos intercontinental", assegurou Selva a jornalistas.
Tampouco está claro se a Coreia do Norte tem um dispositivo capaz de voltar a entrar na atmosfera terrestre do espaço e lançar uma ogiva.
"É possível que (Kim Jong-Un, líder da Coreia do Norte) as tenha, assim temos que apostar ele as poderia ter, mas não demonstrou", disse Selva.
Em uma entrevista na BBC, o diretor da CIA, Mike Pompeo, advertiu que a Coreia do Norte está dando os últimos passos antes de conseguir a implantação de mísseis balísticos intercontinentais.
"Desenvolvemos uma compreensão bastante clara da capacidade de Kim Jong-Un. E falamos de que terá a capacidade para fazer chegar em poucos meses armas nucleares aos Estados Unidos", assegurou Pompeo.
Testes anteriores
A Coreia do Norte provou no ano passado que seus mísseis balísticos tinham o potencial para alcançar o território americano e em setembro executou seu sexto e maior teste nuclear.
Kim desenvolveu novas técnicas para levar os mísseis à plataforma, motivo pelo qual os Estados Unidos e seus aliados têm apenas de 12 minutos para advertir do lançamento de um míssil, acrescentou Selva.