O presidente russo, Vladimir Putin, pediu perdão nesta quarta-feira (31) aos atletas de seu país por não ter conseguido "protegê-los" do escândalo de doping que custou a vários deles o direito de disputar os Jogos Olímpicos de inverno de Pyeongchang.
"Perdoem-me por não ter conseguido protegê-los disso", declarou Putin, em discurso diante de atletas considerados "limpos" a competir sob a bandeira olímpica na Coreia do Sul.
O presidente russo também declarou que lhe parecia "estranha" a exclusão de alguns dos atletas de seu país nos Jogos.
"É duplamente mais difícil (de participar nos Jogos Olímpicos) quando o esporte se mistura com acontecimentos (...) que lhe são alheios, como a política ou outra coisa", lamentou Putin.
A Rússia foi suspensa em 5 de dezembro dos Jogos Olímpicos de Pyongchang (que começam em 9 de fevereiro), sacudida por um grande escândalo de doping institucional no esporte entre 2011 e 2015, e especialmente nos Jogos de inverno de Sochi-2014.
Contudo, o Comitê Olímpico Internacional autorizou aos atletas russos "limpos" de participarem sob bandeira neutra, depois de uma filtragem realizada pelo próprio COI.
Ainda nesta quarta-feira, o Kremlin anunciou que organizará uma competição para os atletas russos excluídos a pedido do presidente Putin.
Durante um conselho de ministros, Vladimir Putin "lembrou ao governo sua decisão de organizar uma competição para nossos atletas que não foram admitidos nos Jogos Olímpicos", declarou o porta-voz do governo, Dmitri Peskov, citado por agências de notícias russas.
Os vencedores receberão premiações equivalentes aos prêmios distribuídos aos medalhistas olímpicos, explicou.
O jornal pró-Kremlin Izvestia comentou recentemente o projeto do governo de organizar um torneio com essas características em Sochi, cidade que sediou os Jogos de inverno em 2014.
Em 2016, a Rússia organizou no estádio de Moscou uma competição para sua delegação de atletismo excluída dos Jogos do Rio.
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