cessar-fogo

União Europeia pede trégua na Síria

Objetivo é conseguir a entrada de ajuda humanitária e evacuações médicas em uma região próxima a Damasco

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Publicado em 23/02/2018 às 21:57
HAMZA AL-AJWEH / AFP
Objetivo é conseguir a entrada de ajuda humanitária e evacuações médicas em uma região próxima a Damasco - FOTO: HAMZA AL-AJWEH / AFP
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A União Europeia pediu nesta sexta-feira (23) uma trégua na Síria, com os dirigentes de França e Alemanha solicitando em uma carta comum ao seu par russo, Vladimir Putin, apoio a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU nesta linha.

"O governo de (Bashar al) Assad ataca brutalmente homens, mulheres e crianças inocentes. Seus aliados - Rússia e Irã - lhe deixam agir. Urgimos que façam essa violência parar. A UE pede um cessar-fogo imediato", disse o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, ao fim de uma reunião de líderes em Bruxelas.

As declarações são feitas quando o Conselho de Segurança da ONU debate uma resolução sobre o cessar-fogo de 30 dias na Síria, que busca submeter à votação e para a qual a Rússia, que tem direito de veto, é fundamental. 

Dada a continuação da luta contra os extremistas do grupo Estado Islâmico (EI) na Síria, o que torna "muito delicada" uma trégua em todo o país, França e Alemanha concentraram seus esforços em um cessar-fogo no reduto rebelde da Ghuta Oriental, indicou o presidente francês, Emmanuel Macron.

Ajuda humanitária

O objetivo é conseguir a entrada de ajuda humanitária e evacuações médicas nesta região próxima a Damasco, onde mais de 400 civis, incluindo crianças, foram mortos desde domingo em bombardeios e disparos de artilharia do Exército sírio. 

A França também está disposta a receber os evacuados. "A França trabalha com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e está disposta a receber todas as pessoas evacuadas desse cenário" de conflito, afirmou Macron. 

"O massacre deve cessar imediatamente", afirmou Federica Mogherini, chefe da diplomacia europeia, em um comunicado. Ela enfatizou que a UE "não tem palavras para descrever o horror vivido pelos habitantes de Ghuta Oriental".

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