A Coreia do Norte classificou neste domingo de "ato de guerra" as novas sanções dos Estados Unidos, que de acordo com o presidente Donald Trump são as mais duras adotadas até o momento.
O novo pacote de sanções, que segundo Washington pretende obrigar Pyongyang a reduzir seus programas nuclear e armamentista, aponta contra mais de 50 empresas de navegação e comércio que ajudam a Coreia do Norte a burlar as sanções anteriores.
"Como afirmamos repetidamente, consideraremos qualquer tipo de restrição contra nosso país como um ato de guerra", afirmou o ministério norte-coreano das Relações Exteriores em um comunicado publicado pela agência oficial KCNA. Também prometeu represálias caso os Estados Unidos tenham a "ousadia" de enfrentar o Norte de forma "severa".
Resposta
O presidente Donald Trump advertiu na última sexta-feira (23) que se as últimas sanções não funcionarem, Washington passará à "segunda fase, que poderia ser muito dura". Ele não revelou detalhes.
Em resposta, a Coreia do Norte também prometeu "conter os Estados Unidos a sua maneira", em caso de provocação.
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"Trump está tentando nos alterar com declarações e comentários hostis, o que demonstra seu desconhecimento sobre nós", afirmou o comunicado.
"Já temos nossa arma nuclear, uma valiosa espada justiceira para nos proteger das ameaças dos Estados Unidos", afirmou o ministério.
O governo da China também criticou as sanções americanas. "A China se opõe firmemente à jurisdição extraterritorial dos Estados Unidos e às sanções contra entidades chinesas e indivíduos", afirmou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang.
As declarações foram divulgadas poucas horas antes de uma delegação da Coreia do Norte, liderada por Kim Yong Chol, um general militar na lista negra de vários países, comparecer à cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Pyeongchang, na Coreia do Sul.
A filha do presidente americano, Ivanka Trump, também está em Pyeongchang.