O Facebook disse nesta terça-feira (24) que dará aos usuários o direito de apelar contra as decisões da rede social de eliminar fotos, vídeos ou publicações escritas que violem os padrões da comunidade.
Os planos para lançar um processo de apelações em nível mundial nos próximos meses ocorrem quando o Facebook faz, pela primeira vez, uma análise dos padrões internos usados para decidir quais postagens vão longe demais em termos de discurso de ódio ou ameaças.
"Isto é parte de um esforço para ser mais claros sobre onde traçamos a linha dos conteúdos", disse à AFP o gerente de políticas públicas do Facebook para conteúdos, Siobhan Cummiskey.
"E pela primeira vez, damos o direito de apelar contra nossas decisões sobre publicações individuais, para que possam solicitar uma segunda opinião quando acharem que cometemos um erro", afirmou.
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A decisão de envolver mais os usuários do Facebook nos padrões para eliminar conteúdos chega em momentos que a rede social busca evitar críticas em uma série de frentes, incluindo o manejo de dados de usuários, a difusão de "notícias falsas" e polêmica sobre se a política afetou as decisões de eliminação de conteúdos.
Facebook quer estender o direito às publicações individuais
A empresa com sede na Califórnia já permite aos usuários apelarem contra a eliminação de perfis ou páginas. O processo de apelação que será elaborado durante o próximo ano estenderá esse direito às publicações individuais, segundo Cummiskey.
O novo processo de apelação se concentrará primeiro na eliminação de publicações por nudismo, sexo, discurso de ódio ou violência gráfica.
As notificações enviadas em relação às publicações eliminadas incluirão botões nos que se pode clicar para ativar as apelações, que serão administradas por um membro da equipe do Facebook.
Embora se use softwares para ajudar a encontrar conteúdos que violam os padrões na rede social, serão pessoas que lidarão com as apelações, e o objetivo é que as revisões sejam feitas em um período de um dia.