BOATOS

Índia pede ação imediata do WhatsApp contra boatos

Mais de 20 pessoas morreram nos últimos meses na Índia, vítimas de notícias falsas que viralizaram pelo aplicativo de mensagem

AFP
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Publicado em 04/07/2018 às 8:16
Allan White/ Fotos Públicas
Com a mudança, seria possível recortar, desenhar e fazer outras edições nas mídias, assim como já funciona na versão do aplicativo para os smartphones. - FOTO: Allan White/ Fotos Públicas
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O governo da Índia pediu ao serviço de mensagens WhatsApp uma ação imediata para acabar com a propagação de rumores falsos que motivaram uma onda de linchamentos no país. Mais de 20 pessoas morreram nos últimos dois meses na Índia, vítimas de notícias falsas que viralizaram sobre a suposta presença de sequestradores de crianças.

Os ataques, que geralmente são dirigidos contra forasteiros, deixam as autoridades em uma situação muito difícil. As campanhas de sensibilização e as declarações públicas têm um alcance limitado até o momento.

Em um comunicado, o ministério de Eletrônica e Tecnologia da Informação expressou à direção do WhatsApp sua "profunda desaprovação ante mensagens irresponsáveis e explosivas".

"O governo indiano também indicou que o WhatsApp deve atuar imediatamente para acabar com esta ameaça", completa o texto. Na carta de resposta às autoridades indianas, o WhatsApp afirma estar "horrorizado" com os linchamentos e classifica o fenômeno como um "desafio que exige que o governo, a sociedade civil e as empresas de tecnologia trabalhem lado a lado".

O WhatsApp, que pertence ao Facebook, afirmou que está testando na Índia um dispositivo para apontar se uma mensagem foi escrita por quem a envia ou se foi apenas repassada, a forma como habitualmente se propagam os boatos.

Também destacou a colaboração com organizações de verificação de fatos em outros países, como Brasil e México, e afirmou que reflete sobre a possibilidade de desenvolver estas operações na Índia.

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