O portal da Folha de São Paulo publicou neste sábado (28) uma investigação do jornal digital nicaraguense Confidencial. De acordo com a publicação, Pierson Gutiérrez Solís, apontado como suposto autor dos disparos que mataram a estudante pernambucana Raynéia Gabrielle Lima, de 31 anos, na última segunda-feira (23), levanta dúvidas a respeito da versão divulgada pelas autoridades locais de que ela teria sido vítima da açao de um guarda particular.
Leia Também
- Suspeito de matar estudante pernambucana é preso na Nicarágua
- Brasileira assassinada na Nicarágua é homenageada em Manágua
- Nicarágua: corpo de estudante aguarda atestado de óbito para traslado
- Governo da Nicarágua nega informações sobre morte da brasileira
- Nicarágua: Governo de PE promete agilizar traslado de corpo de estudante
Segundo o períodico, Solís, de 42 anos, é militante da Frente Sandinista de Libertação Nacional, à qual pertence o presidente o presidente Daniel Ortega, e serviu no Exército até se desligar no ano de 2009.
Ele trabalha como segurança da Albanisa, uma parceira do governo com a petroleira estatal venezuelana PDVSA. A sede fica a aproximadamente 500 metros do local onde Raynéia teria sido alvejada, segundo testemunhas.
Entretanto, ainda não se sabe se Solís estava a serviço naquele dia por volta das 23h30, horário estimado do crime.
Também há dúvidas sobre a arma que a polícia diz ter encontrada com o suposto autor: uma carabina M4. De acordo com a lei local, vigilantes privados não podem ter acesso à esse armamento, de uso exclusivo da polícia. De acordo com a Folha, há relatos de que grupos paramilitares, sobre os quais recai a suspeita pelo crime, também o utilizam.
MAIS ESCLARECIMENTOS
Ainda segundo a Folha, na última sexta-feira (27), o chanceler brasileiro, Aloysio Nunes, cobrou da Nicarágua, mais explicações sobre o crime.