O Facebook se aproximou dos principais bancos americanos para pedir para compartilhares informações financeiras de seus clientes, a fim de oferecer novos serviços no Messenger, disse uma fonte próxima ao caso à AFP nesta segunda-feira (6).
A rede social com mais usuários do mundo dialogou com Chase, banco de varejo do JPMorgan, Citi (do Citigroup) e Wells Fargo, acrescentou a fonte, sob condição de anonimato.
Segundo ela, Chase interrompeu essas negociações.
De acordo com o jornal americano The Wall Street Journal, que revelou a manobra da rede social, também houve conversas com o banco Bancorp.
Transações
A empresa liderada por Mark Zuckerberg tinha como objetivo obter informações sobre as transações com cartões de crédito e saldos de conta corrente de seus clientes, indicou a fonte.
O Facebook pediu informações sobre as empresas com as quais os bancos fazem negócios, com uma oferta em troca: a possibilidade de oferecer o serviço de mensagens instantâneas (Messenger), que conta com 1,3 bilhão de usuários ativos.
De acordo com a fonte, o Facebook não especificou qual uso pretende lhe dar os dados solicitados.
Contactado por AFP, Facebook e Citigroup não responderam imediatamente, enquanto o Wells Fargo preferiu não fazer comentários a respeito.
Patricia Wexler, porta-voz de JPMorgan Chase, enviou à AFP uma declaração: "Não compartilhamos dados de transações de nossos clientes (...) e, portanto, rejeitamos algumas propostas", disse ao jornal.
A revelação volta a lançar luz sobre o problema dos dados pessoais dos usuários, após o escândalo da Cambridge Analytica, acusada de coletar dados nas redes sociais e usá-los para fins políticos, sem consentimento dos usuários.